As dificuldades não esmagam um homem, fazem-no.
(Arthur Meighen)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Obrigado, bem hajam!

Neste pequeno grande percurso que agora quase termina, entre sorrisos de felicidade e angústias de saudade, quero deixar aqui o meu muito obrigado a todos que comigo e connosco caminharam nesta jornada de árduo trabalho mas de muito prazer! E provas não faltam: a nossa sardinhada, o nosso magusto, os nossos jantares, a nossa entreajuda, a nossa esperança de sermos gente, gente rh que se quer excelente. Espero, sinceramente, que nunca percamos a tão falada rede em que, certamente, muitos gostariam de entrar, por isso, porquê sair? Tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo todos seremos bem-sucedidos, mas também não me restam dúvidas que um dia todos precisaremos uns dos outros.

“Fiquem bem, sejam felizes e se poderem façam pelo menos uma pessoa feliz!”

Bem hajam! Até já!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

SARDINHADA RH 2009

- A ARTE DA EXCELÊNCIA

Dou comigo a pensar, não raras vezes, como este país seria fantástico se soubesse colocar na palma da mão as vontades solidárias, as capacidades não aproveitadas, os saberes nunca permitidos serem acção…E não era preciso muito: bastava que as lideranças soubessem e quisessem transformar as ideias em acções, que não tivessem alma de eucalipto (cresce, cresce e faz mirrar tudo à sua volta…), que acreditassem no sopro das emoções…

A nossa sardinhada foi um hino de excelência, de dedicação, de compromisso, de qualidade, da arte de saber encantar.

Deixem-me expressar os meus sentimentos e diversos testemunhos que já recebi; deixem-me partilhar um pedaço de alma feliz (mesmo com sentimentos contraditórios por problemas de saúde de familiar muito próximo): gostava de abraçar todos que, desta ou daquela forma, contribuíram para o prazer no rosto de centenas de pessoas (mesmo que fosse com a sua presença); gostava de me aconchegar num cantinho das vossas emoções; adorava sorrir com todos e com cada um; gostava de ser companheiro de sucessos nos vossos percursos; gostava de ser aragem de frescura nos momentos menos bons que tiverem na vida.

Todas as universidades gostariam de ter gente como os meus alunos, almas vibrantes como as vossas, capacidades por descobrir como as que demonstraram: estamos a construir um sonho de consolidar um curso de referência, uma sociedade com futuro e gente que gosta de ser gente com a gente que lhes permite ser gente.

E continuem, todos, a construir a rede ismaiata rh, com o código de marca de sejam felizes e se puderem façam uma pessoa feliz, porque eu já aprendi que um sorriso não empobrece o dador mas enriquece o recebedor. E vamos. E levemos todos connosco. Nas barcas da vida. Velas içadas. Sempre gente. Sempre piscar de olhos para a curiosidade. Sempre alma. Sempre ponto de interrogação consequente. Sempre nós. Sempre elo. Sempre acção. Sempre ismaiatos rh.

Bem hajam. E vivam. E sejam excelentes. E gente, sempre.

Sejam felizes e se puderem façam, pelo menos, uma pessoa feliz. E eu fui a pessoa mais feliz do mundo na nossa sardinhada. E de tal maneira feliz que, às vezes, me lembrava das palavras do meu pai que tem no rosto as rugas da vida lavrada para os filhos: «eu não merecia tanto». E daí, aqui e acolá, me ter sentido criança de bibe a acariciar sonhos, rosto de emoções mil arrepiado pelo carinho recebido.

E foi bom adormecer e acordar assim, embrulhado em tanta certeza de futuro.

Obrigado.

José da Costa Dantas

domingo, 21 de junho de 2009

Ouvindo o inescutável...

No séc. III A.C., um sábio Rei mandou o seu filho estudar para o templo sob a direcção de um grande mestre. O grande mestre mandou o pequeno príncipe ir sozinho para a floresta. Ao fim de um ano, devia voltar ao templo e descrever os sons da floresta.
Passado um ano, o pequeno príncipe voltou e o grande mestre pediu-lhe para descrever tudo aquilo que tinha ouvido.
O menino respondeu:
- Mestre, eu ouvi os cucos a cantar, as folhas a sussurrar, os grilos a trautear, as abelhas a zumbir e o vento a murmurar.
Quando terminou, o grande mestre mandou-o de volta à floresta para escutar o que mais se conseguia ouvir. O pequeno príncipe ficou confuso, mas regressou à floresta.
Durante dias e noites sem fim, o pequeno príncipe esteve sozinho na floresta, sentado e atento, à escuta do inescutável.
Então, uma manhã, começou a distinguir débeis sons, diferentes dos que anteriormente tinha ouvido. Quanto mais se concentrava, mais perceptíveis os estranhos sons se iam tornando. Sentiu.se invadido por um sentimento de clarividência e pensou: devem ser estes sons que o Mestre queria que eu ouvisse.
O pequeno príncipe voltou ao templo e o grande mestre perguntou-lhe o que tinha ouvido mais.
O menino respondeu:
- Mestre, ao escutar ainda com mais atenção, ouvi o inescutável - o som do Sol a aquecer a Terra, o som das flores a abrirem as pétalas, o som das ervas a beberem o orvalho matinal.
O grande mestre acenou com a cabeça em sinal de aprovação e afirmou:
- Ouvir o inescutável é uma necessidade valiosa para compreendermos o universo, nós próprios e os outros.
(lenda oriental)