DA SARDINHADA SE FAZ REDE!

Pela velocidade do que tem de ser feito, pela premência imposta pelo tempo que passa, pelo corre-corre das vidas feitas velas desfraldadas, esquecemo-nos, não raras vezes, de ser gente com afectos, de mãos com cheiro, de sorrisos na partilha, da essência da vida, do prazer saboreado numa mesa feita de sabores e cores, de relações sem ralações, de vidas faladas, de olhares que nos emprestam outro ângulo, enfim, perdemos o sentido que só os sentidos dão aos humanos.
E assim se tem feito a sardinhada RH! Cada vez mais nossa, cada vez mais colorida, cada vez mais festiva, cada vez mais diferenciadora e criadora de laços e entrelaços, de malhas que se vão tecendo, de redes que se vão construindo.
E como é bom sentir naquele fim de tarde um pedaço de mar de afectos numa sardinha a cantar quadras de S. João e Santo António, de Pedro também Santo e a fazer lembrar vidas de esperança, de mares nem sempre calmos, de alegrias que hão-de vir, de partidas e chegadas, de âncoras e marés, de gaivotas e outras aves de arribação, de saudade e futuro, de faróis e ventos norte, de rezas pelo medo e de acção de graças. E assim se constrói o mundo Rh! De gente que quer ser gente! De gente que acredita em gente!... mesmo que essa gente sinta que o mundo está a girar ao contrário. E assim for, cabe-nos, nestes tempos de crise, apontar o rumo, viver a alegria de sermos pertença duma família ismaiata Rh que se afirma pela excelência e pelo sentido de pertença.
E que venham todos! E tragam os que devem pertencer! E passem palavra, porque é da palavra que se faz gente. E bem hajam.

Dantas