É gestor de Recursos Humanos e está habituado a lidar com as crises de carreira dos outros. Mas desta vez é você que está a atravessar uma má fase profissional. Não sabe o que fazer para combater esta situação? Pare e reflicta um bocado sobre o que está errado e como pode chegar à solução para o problema.
Recursos Humanos é uma carreira que causa muito stress e é muito desgastante. Muitos profissionais da área de Recursos Humanos dispensam muito do seu valioso tempo e da sua energia a tentar resolver os problemas e necessidades dos empregados. Muitos profissionais de RH dedicam tanta energia a cuidar das necessidades dos outros que negligenciam as suas próprias carreiras.
Arranjar uma solução para este tipo de problema não é tarefa fácil. Mas, anime-se, há sempre uma saída. Há quatro questões que qualquer profissional de Recursos Humanos deve colocar a si próprio e deve tentar responder com toda a sinceridade de modo a obter a solução certa para este tipo de situação.
Será que eu preciso de tempo?
Nem sequer se lembra da última vez que tirou um tempo para si, que fez uma pequena pausa ou que tirou umas férias paradisíacas. Deixe-me dizer-lhe que está a cometer um erro horrível, se por acaso respondeu sim a esta questão. Não tirar um tempo para cuidar de si e da sua carreira é a pior coisa que pode fazer. Desta maneira os outros vão melhorar nas suas carreiras, porque você os ajudou, e a sua carreira como ficou? Alguém o ajudou? A resposta é não! Ninguém se preocupou consigo. Tire umas férias e aproveite-as para se reorganizar.
Assumo responsabilidades a mais?
Você preocupa-se demasiado em resolver a situação dos funcionários e assume múltiplas responsabilidades. Pare! Aprenda a separar e a delegar as tarefas que consomem a maior parte do seu tempo. Veja se não pode passar algumas dessas tarefas a outros departamentos, por exemplo, para os serviços administrativos. Relaxe, deixe as responsabilidades dos outros de lado e assuma as suas próprias responsabilidades.
Ando muito "stressado"?
Os gestores de Recursos Humanos costumam andar sempre debaixo de uma grande tensão. Arranje um meio para libertar a tensão acumulada e possíveis frustrações. Que tal conversar com colegas da mesma área? Decerto que o irá ajudar e vai fazer com que se sinta bem mais calmo e menos tenso depois de partilhar relatos da sua "guerra" com outros profissionais como você.
Sou um caso perdido?
Se tentou de tudo, mas ainda acha que se encontra no meio desta crise e que nada consegue fazer para sair dela, que tal começar a pensar em procurar novas oportunidades para a sua carreira? Porque não fazer uma mudança radical? Pense nisso e saia desta crise em alta.
in: expressoemprego.pt
[Quando comecei a ler este artigo, parecia-me que tinha sido escrito por um qualquer GRH que estava numa grande crise existencial e que resolveu dar uma série de soluções para grandes problemas – qual consultório da “Maria” -, mas quando o li acabei por o achar interessante na mediada em que terá um quanto de verdade e leva-nos para um conceito que muito temos falado – resiliência (ou não resiliência).
Não gostei especialmente da última solução que é dada – uma mudança radical – não que ela por vezes não seja necessária, mas não para tentar resolver um problema como este, porque continuaremos com ele quando estivermos noutra actividade – este é um problema não da actividade profissional, mas de nós mesmos, da forma como encaramos o mundo e os problemas.
De facto, sejamos um dia profissionais de sucesso ou não, todos passaremos por fases iguais às aqui retratadas, seja em que área de actividade for, e se não conseguirmos encará-las positivamente seremos uns eternos frustrados.]
Não gostei especialmente da última solução que é dada – uma mudança radical – não que ela por vezes não seja necessária, mas não para tentar resolver um problema como este, porque continuaremos com ele quando estivermos noutra actividade – este é um problema não da actividade profissional, mas de nós mesmos, da forma como encaramos o mundo e os problemas.
De facto, sejamos um dia profissionais de sucesso ou não, todos passaremos por fases iguais às aqui retratadas, seja em que área de actividade for, e se não conseguirmos encará-las positivamente seremos uns eternos frustrados.]
2 comentários:
Anda a pensar demais o senhor lol
Fora de brincadeiras. É realmente um bom artigo. E o que dizes faz todo o sentido.
Mas não ficará bem num GRH um pouco de sentimento de ajuda ao próximo? Um pouco de altruísmo?
Portugal anda com pouca ou quase nenhuma visão. E um "cego" precisa cada vez mais de um "guia". Não será um papel fundamental também?
Salgado Zenha disse: "Mais do que quererem ser melhores que tu, os portugueses não querem que sejas melhor que eles". Não falamos tanto de Coaching também? A mim alegra-me a ideia de que, com isso, estamos a dar importância a algo que acaba por mudar essa cultura. Cultura essa, que não nos leva a bom porto de certeza.
Muito importante não nos esquecermos de nós próprios, como é óbvio. Para que frustações desse género não aconteçam. Mas não é igualmente importante Gerir Recursos Humanos? Afinal de contas não é para isso que cá estamos? Não é para isso que um GRH serve, também?
Gostei, abraço.
Louro, gostei!
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