Mudar,
Penso no quanto as nossas vidas se alteraram, no quanto a minha vida mudou,
Amámos, chorámos, rimos, partilhámos a alegria da vida em toda a sua plenitude. Vivemos…
Ao longo destes anos, filhos nasceram, cresceram, alguns tornaram-se jovens mulheres e homens aos olhos dos seus pais, aos olhos do mundo. Partilhámos as nossas vidas, e uma marca de cada um permanecerá em nós.
Momentos houve em que o desespero parecia apoderar-se, momentos em que deixámos de sentir o perfume e de ver a luz, pensámos e repensámos, mas continuámos a sentir o perfume da vida, continuando a caminhada.
Quantos de nós não consagramos a dor para ter mais vida? Nada há a lamentar.
Não lamento o meu caminho, as delícias nascidas de cada amor que tive, de cada chama de luz que me iluminou, do silêncio de mim. Fui sempre igual a mim própria, posso dizer que o prólogo da minha vida acabou, e neste momento nada mais desejo ou anseio que o futuro que é já presente. Renascerei numa nova vida, e o meu olhar mergulha no mar, na imensidão da lava que surge.
À noite ouço o som terno da música, navego num mar de emoções, encontro a luz e adormeço, ouço ecos da minha vida e do futuro. Guardo-me e vivo com a arte do destino.
Sim, há que estancar o sangue e curar cada uma das nossas feridas, juntos vencemos esta batalha! Com as nossas famílias, maridos, mulheres, namorados e namoradas, pais e irmãos, os avós e amigos, os nossos anjos… Como batem forte os seus corações com o orgulho e alegria da nossa concretização, como batem forte os nossos corações. Dos seus olhos uma lágrima nasce, serei a única a senti-lo?
Vejo mais claro em mim, desejo mais, anseio por mais, felicidade gera felicidade, êxito gera êxito, sinto paz penetrar em mim. Paz que ecoa e vibra.
Uma estrela ergue-se, um hino nasce com a alegria de um povo, querem que vos fale dele? Harmonia, vagas que me inundam, deverei sorver, mergulhar? Alegria suprema, aromas inebriantes… O verão amadurece os frutos, o Sol põe-se, apenas…
O futuro aguarda-nos, imagino borboletas livres, cansaço que me delícia, deleite! Olho a vida a rasgar-me a pele, a distância desta vida aumenta, mas um abraço de seda permanece em mim. Serenata ardente e tímida que provoca, espinho de algodão onde me deito, onde me envolvo em lençóis de loucura.
Procuro no destino as luzes, para que os anjos deslizem no bem, numa terra que ama o seu mar, nada mais desejo!
Reine o silêncio. Hoje, sou feliz.
As dificuldades não esmagam um homem, fazem-no.
(Arthur Meighen)
(Arthur Meighen)
domingo, 5 de julho de 2009
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